No último trimestre de 2020, o preço dos materiais de construção sofreu um aumento significativo. Em algumas regiões, até mesmo chegaram a faltar nas lojas. Essa alta impactou não só os planos de quem pretendia fazer reformas em casa, como também todo o mercado de construção civil.
Os motivos para o aumento nos preços do material de construção são vários. Entre eles, a própria indústria, que teve que reduzir sua produção devido à pandemia. Na contramão, a demanda cresceu, tanto pela necessidade de insumos para realização de reformas, como pelo aquecimento do mercado imobiliário.
Ou seja, com a queda da oferta e a demanda mais ativa, os preços subiram e muito. Estima-se que alguns produtos, como o aço, por exemplo, tiveram alta de até 40% no seu valor de mercado. Já nos oito primeiros meses de 2020, o cimento teve variação de 10,67% e o tijolo, de 16,86%.
A seguir, explicamos detalhadamente para você todos os motivos que levaram a esse aumento nos preços dos materiais de construção. Confira:
1 – Queda na produção
Com a pandemia, muitas fábricas de materiais de construção tiveram que diminuir o volume de produção ou até mesmo pausar suas atividades por um tempo. Tanto por questões de saúde pública e controle da pandemia, como estratégia para reduzir os custos, os estoques sofreram baixa.
Isso gerou um desabastecimento no setor que, para se recuperar e conseguir atender ao volume crescente de novos pedidos após a retomada, elevou os preços dos produtos.
2 – Insumos importados de produção
Ainda que a indústria nacional tenha capacidade de produzir boa parte dos produtos de material de construção, alguns deles, como o cobre e o aço, são importados de outros países. Com a alta do dólar e a desvalorização do real, a importação desses produtos se tornou muito mais cara.
Mesmo no caso do PVC, por exemplo, ainda que tenhamos fábricas no Brasil que produzem o material, há poucas empresas que refinam a matéria-prima de tubos e canos, o que encarece os produtos finais.
3 – Recuperação do mercado imobiliário
Como já comentamos em posts anteriores, o mercado imobiliário e de construção civil foram impulsionados em 2020 pela queda nas taxas de financiamento para a compra de imóveis. Para se ter uma ideia, as vendas de imóveis no primeiro semestre de 2020 foram as maiores desde 2014, segundo o balanço mensal da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Em julho de 2020, 13.023 unidades foram comercializadas no período, um aumento de 58% comparado a julho de 2019.
Além disso, em setembro de 2020, a taxa Selic caiu para 2% ao ano, sendo considerado o menor patamar desde que foi criada. O índice impacta direta e positivamente nos juros do crédito imobiliário, porque significa que as taxas de juros estão muito menores do que antes e está mais barato fazer um empréstimo para financiar a compra de um imóvel.
De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a cada 1 ponto percentual de corte nas taxas de juros, cerca de 1 milhão de famílias passam a ter capacidade de financiar um imóvel no Brasil. Não à toa, portanto, os cortes nas taxas de juros levaram a um avanço de 74,7% nos financiamentos nos oito primeiros meses de 2020 em comparação a 2019, chegando a R$ 11,7 bilhões.
Sendo assim, com mais imóveis sendo vendidos, aumentou a procura por materiais de construção no setor e, consequentemente, os preços.
4 – Pequenas reformas em casa
Com a pandemia, muitas pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e, por isso, tiveram suas relações com o lar alteradas. Em busca de mais conforto, decidiram investir em pequenas reformas em casa, o que elevou a procura por materiais de construção.
Estima-se que o aumento nas vendas para consumidores finais teve um aumento de 22% em 2020. Nesse sentido, até mesmo o auxílio emergencial foi um fator impulsionador. As parcelas pagas pelo governo incentivaram o consumo e aqueceram o mercado.
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Em 2021, a tendência é que o preço dos materiais de construção continue a aumentar, até que o setor consiga se reestabelecer. Como consequência, o preço dos imóveis tende a crescer.
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